AGENOR LOMBARDO
AGENOR LOMBARDO, que literariamente usa o pseudónimo "Genaro Peata", nasceu na cidade de Astorga, Estado do Paraná, no dia 27 de julho de 1950. Filho de Basílio Lombardo e D. Paschoa B. Lombardo. Fez estudos de 19 grau na cidade de Kaloré, Estado do Paraná. Formou-se Técnico em Contabilidade pela Escola Técnica Estatual de Jandaia do Sul. Durante seus estudos de 19 grau foi premiado várias vezes em concursos de poesias, contos e trovas.
Foi vencedor do prémio com uma medalha de bronze por ter escrito o melhor poema sobre o dia das aves. Escritor, professor, poeta, técnico em contabilidade. É Vice-diretor da Escola de Contabilidade de Santa Teresa, em cuja Escola é professor de Mecanografia e Processamento de Dados e Educação Moral e Cívica. Atualmente é académico da Faculdade de Educação, Ciências e Letras da Faculdade de Cascavel. Escreve poemas e poesias nos seguintes jornais e revistas: Jornal de Poesia, de Recife, Gazeta do Povo, de Curitiba, Folha de Londrina, de Londrina, O Paraná, de Cascavel, Revista Família Cristã, O Jornal de Felgueiras — Portugal, além de publicações no exterior, etc.
Gosta de escrever crónicas, contos e estórias infantis. Gosta da leitura à noite.
É solteiro e católico praticante. Gosta de literatura Brasileira e Norte-Americana. Pertence à Academia de Letras do Vale do Paraíba (cadeira n9 11, cujo patrono é Alvares de Azevedo) e ao Centro Cultural, Literário e Artístico de "O Jornal de Felgueiras" — Portugal. Possui cursos profissionalizantes de Enfermagem e Saneamento Básico. Tem inédito um romance, intitulado: "As Brancas Rosas da Primavera."
Endereço para correspondência: Rua das Orquídeas, s/nP Santa Teresa
Município de CASCAVEL — PARANÁ
ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL. 2º. VOLUME. Organização de Aparício Fernandes. Capa de Ney Damasceno. Rio de Janeiro: Folha Carioca Editora Ltda., 1977. 496 p.
Ex. bibl. Antonio Miranda.
NOITE
Abre-te céus,
que hoje eu nasci!
Abre-te, mar bravio, à noite,
guarda
em teu seio profundo as guerras.
Lança minha felicidade
em tuas ondas,
nesta areia perdida.
Rasga o clarão do dia,
noite eterna!
Porque já não existo.
Estende sobre a terra
teu manto de seda.
Cobre-a de sombra
e dá-me o prazer volúvel
do descanso em sua penumbra.
Viaja de lar em lar,
semeando tua paz.
Vaga os picos solitários,
cala os canhões,
faz as flores
crescerem e florir
nestes campos bélicos.
Se não ouves
o clamor das guerras,
as injúrias, as dores,
ninguém te espera,
noite de silêncio!
Desliza sob ti
os perfumes dos lírios,
o eco dos vales,
a soberania dos montes,
ó noites, ó mares!
As águas calmas esvaem-se
sobre o leito, levando a vida.
Ó Deus, deixa a noite,
ela representa a paz do mundo.
Os maus dormem, não há intrigas.
Derrama, ó noite,
com tua graça,
o silêncio
e dá-nos o repouso tranquilo.
Deixa somente a noturna
cantiga de ninar.
Reclina sobre o dia,
implora ao sol,
não deixes que as guerras,
a fome, as injustiças
se alastrem pela terra.
Só a paz eterna, sem guerras.
POEMA DO NADA
Vim para dar-te, vida, amor, sorriso, felicidade, justiça, força, fé e esperança.
No entanto, tu vives
de cabeça baixa,
olhar caído,
triste,
sem fé,
sem crença,
sem amor...
descrente de tudo!
Sem perceber as coisas belas,
que há em ti mesmo,
em teu semelhante,
em tudo.
Porque vives dentro do nada!
CANÇÃO DE NATAL
Ouço a música,
penso nela...
Aí meu pensamento
esmaga-se
numa torrente
escura do longe
e vai... e vai...
perdendo-se
por estes infinitos
caminhos sem fim.
A distância
é saudade
é passado
é presente, lembrança.
O futuro,
é ausência?
Sinto tudo,
menos o prazer
de tê-la
como esperança...
Sou um perdido
e acho-me ausente
na eterna lembrança-da-saudade.
FELICIDADE
Quem tem Deus é feliz!
e como Ele é felicidade!
Ele me escuta
e me conforta,
enche-me de paz,
sem eu ser nada.
Sem eu ser ninguém para tantos...
Como Ele me olha e protege,
quando sou humilde!
Por isso sou feliz.
E não há melhor maneira de o ser,
senão vivendo para Deus.
BASE
Na esperança da grandeza
somos os alicerces
nas lutas do bem.
VERDADE
Jamais te amei por interesse,
por isso nunca te adulei
e jamais te fiz elogios falsos;
preferi fazer-te sofrer,
mas sempre te disse a verdade
— porque ela jamais será injusta.
FILOSOFIA
Nascer nem sempre
é vir para a vida,
mas sim existir
para o sempre.
IGNORÂNCIA
O homem, que é grande,
torna-se nada,
porque desconhece
a força do espírito.
FATALISMO
Não há felicidade
que não tenha nascido
de uma dor.
Não há glória
que não provenha
de uma luta ardente.
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Página publicada em março de 2021
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